segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ver com os dois olhos

Os sonhos tem trazido más experiências não vividas, mas tão possíveis na vida real que trazem consigo certa insegurança a respeito destes não serem prelúdios. Uma provável conexão entre eles, evidenciada por uma interpretação, é o que de fato impressiona e faz com que se acorde perturbado pela possibilidade daquilo vir a se concretizar, não em específico como nos sonhos, mas de modo generalista, baseado na marca em que eles deixaram.

O que perturba e fascina simultaneamente, não é a beleza das cenas, não é o encaixe entre elas, mas sim a obra composta e a mensagem que ficou de legado. A perturbação surge a partir da tentativa de entender como aquela mensagem foi construída; O fascínio surge pela beleza da mensagem que foi construída. 

Volta-se, então, àquele que parece o cerne da interpretação do mundo - A coexistência, por vezes não pacífica, entre a beleza e o entendimento.
Entender para apreciar é notadamente possível e já conhecido, o desafio está em tornar a apreciação o primeiro evento e torná-la livre do entendimento.

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