segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sem fronteiras

Racionalmente mais sensível a ganhos, e a quaisquer outras oportunidades cujas associações possíveis com os desencadeamentos as enquadrem num grupo que remeta ao agradável.

Lançado a própria sorte, e sem, por vezes, se decepcionar, ou ao menos há crença forte em que as vezes em que não foi possível enquadrar as oportunidades nesse grupo, foram escassas o suficiente para mitigar a agradável sensação que se teve.

Ao mesmo tempo em que é levado por isso e volta a escrever, em mais uma experiência eufórica que precisa transbordar em alguma calha, tal como esta.

Dessa vez resume-se a uma relativa reviravolta - que a parece ser na verdade.

Experimentou uma vez, sem saber ao certo que se tratava e que negou a cada oportunidade que teve, fazendo com que tornasse tarde demais a aceitação. A descrença numa nova experiência como essa, em que sequer houvesse a oportunidade duma nova negação era clara e fácil.

De certo modo, isso era preocupante e muitas vezes se perdia a conjecturar sobre como seria o futuro.

Ao mesmo tempo em que se perdia nas inebriantes conjecturas, se lançava, mas sem abrir mão de inconscientes travas de segurança.

Experimentou de tantas outras, mas que pareceram injeções subcutâneas - Atingiram camadas mais internas, mas rapidamente já não estavam mais lá. A certeza de que havia ocorrido ficava por conta do trauma provocado pela ocorrência.

Mas dessa vez, a experiência agradável o levou ao desejo de viver uma vida sem fronterias, fora do mundo real, onde as barreiras existentes nesse mundo simplesmente não existissem.

Esta é certamente mais uma vez em demonstra sua alta sensibilidade ao que o é agradável e está novamente extasiado. Não crê mais no ciclo, não dessa vez, muito embora se ponha a assistir a própria vivência com deleite.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Doping de perspectiva

Cá estou eu, reconhecendo o início do meu auge e numa vibração internamente incontida por ver a incerteza do futuro me sorrindo como se fosse certeza. Me recuso a crer que tal animo se manifeste em função da idade, como se normal e natural fosse.

Não haveria como ser diferente, a certeza me sorri numa mata fechada, onde eu apenas consigo ver seus olhos brilhantes e seu sorriso de satisfação. A espessura dessa vida entre nós é imensurável, mas la do futuro, ela, de algum jeito, consegue me instigar de tal modo a me deixar confuso. Em meio a esse estado de extase não consigo perceber se a certeza é destes olhos e sorriso serem meus ou se a referência é ao fato de que conseguirei alcançá-los.

Mas este sublime estado de extase é tamanho que me impede de questionar de onde toda essa energia está saindo de mim ou como está chegando até mim. Enquanto assim for, vivo deliciando esse agradável extase.

sábado, 23 de junho de 2012

Mas como gosto de dias ensolarados...

É bem verdade que não são os dias ensolarados que me agradam. Este não seria um ato reflexo ao meu desgosto pelas nuvens.
Sentado num avião e assistindo a travessia pelas nuvens através da janela. Estava chovendo, e após um branco incomodo aos olhos, o céu azul.

O sentimento por elas, simplesmente surge e me toma numa situação dessas. Sentimento não puro em si, mas misturado o suficiente à razão para me fazer pensar sobre tal situação.

Inferior a fronteira, há chuva; acima, um céu azul. Seria possível ver o céu como obviamente se apresenta, mas lá estão as nuvens, que chovem e condicionam, de alguma forma, a vida abaixo dela.
Percebendo isso, a impaciência me consome. Não por não aguentar mais a expectativa sobre os resultados da maneira como ela me condiciona, mas sim, pela impaciência me servir de combustível a pensar sobre como atravessar essas nuvens.

Crer que andar sob um guarda-chuva irá me privar dos efeitos das nuvens, não extingue as nuvens sobre mim, nem faz cessar seu efeito. Com relação a isso, ainda não me predispus a me iludir.

E de fato não se trata sobre nuvens, mas sobre limitações.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Dos sentimentos


As melhores histórias são as lembranças que estão por vir. A expectativa que se cria em torno de algo bom, é a mesma expectativa que terá como resultado situações inesperadas que serão, ao mínimo, dificeis de lidar.  A cada noite, a vontade aumenta, de modo que quantas forem as parcelas de tempo dedicado e gastos em companhia serão insuficentemente capazes de satisfazer e saciar a vontade conjunta.

Aos mesmo tempo que essa verdade preocupa, é ela quem dá origem a toda a graça que a rodeia. Tudo de agradável que se espera, é de tal modo assim que é suficiente para elevar a mente da realidade e levá-la a um nível onde barreiras físicas parecem não existir ou importar. No universo dos sentimentos, já não há os limites da razão; O que se vê nesse mundo, para ela, faria tanto sentido quanto  somar infinito mais um e obter resposta diferente de "infinito".

Mas em todas as tentativa de compreender essa soma, ou pular os muros dessa casa onde não foi permitida sua entrada é que se sente a dor, e todas as outras dificuldades adiáveis pela embriaguez gerada pelos sentimentos.

 Ainda que a razão um dia venha a vencer pelo cansaço, e conseguir não só entrar, como também dominar um espaço que não lhe pertencia inicialmente, vale apreciar as dificuldades que ela enfrenta e rir diante dos seus insucessos, até porque, ainda que desprovida de estratégia, a casa emocional pode refugiar os sentimentos em outra área, fazendo com que a ultima conquista da razão já não possua mais mérito algum.

Os sentimentos jamais se submeterão a razão, sempre haverá um novo lugar para se refugiar e continuarem a existir - basta descobrí-los e são nesses momentos, em que os sentimentos estão buscando outro lugar para se protegerem é que caímos na descrença e nos sentimos um pouco mais próximos do desgradável e limitante mundo real.