segunda-feira, 14 de junho de 2010

O mundo continua o mesmo?

"Nunca mais verei o mundo do mesmo jeito". A reação imediata é ficar sem palavras. Depois, ao tentar explicar, surge a dúvida sobre qual palavra utilizar para descrever a reação; são muitas, mas nenhuma diz exatamente o que se quer dizer.

E é como escrever; você pode começar simplesmente, sem nenhuma explicação para tal e chegar num ponto em que você não consegue explicar porque faz aquilo, e o que mais se aproxima de uma possível explicação é o fato de que você escreve para se expor, para "exteriorizar" certas coisas, e assim suprir algumas de suas necessidades. Talvez seja uma busca, ou até um encontro, por uma fonte de conforto que temos dentro de nós.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Comportamento do ponto crítico

Simplesmente explode. Sem mais nem menos, e quando você se observa, percebe anomalias comportamentais.

Depois de algum tempo vem o já reincidente desejo de ter o controle sobre o tempo, de modo que dessa vez o anseio é pela oportunidade de voltar no tempo afim de evitar as consequencias dos erros recém cometidos. Depois do conformismo diante desta impossibilidade, vem a compreensão da situação, que ocorre não com a volta no tempo fisicamente, mas psicologicamente e inerente a ela a capacidade de observar os ocorridos como se fosse um alguém externo, que estivesse simplesmente na hora certa naquele lugar.

O tempo continua passando externamente ao seu psicológico e quando você volta da sua retroviagem não percebe somente que o tempo continuou a passar, mas também o peso das consequências dos erros recém cometidos. Relativizar isso é inevitável, mas passa a deixar de ser relativo na medida em que palavras de outrem que expressam mágoa te abalam, e não só elas, mas também como qualquer coisa simples que te digam trespasse a sua tão rigida e forte barreira ao mundo externo.

O fascínio disso está no simples fato de sermos fortes o suficiente para nós mesmos e nos deixarmos abalar de tal forma pelo que os outros nos dizem, principalmente em função de nossa força e rigidez não estar voltada para conseguirmos vencer as conveções sociais ou os desafios de uma vida guiada em meio a toda uma sociedade, mas a força que temos é apenas suficiente para nos satisfazer. Não somos fortes o suficiente para a sociedade - cedemos as pressões delas, desempenhadas pelos seus outros membros - mas apenas para nós mesmos, e diante de uma situação crítica perceber isso elucida até muita coisa.