sábado, 29 de outubro de 2011

Doce engano

Transbordei em mim ao acreditar que a racionalidade tinha feito com que eu compreendesse esse delicado e complexo encaixe entre as partes, e assim tivesse me levado a crer que interferindo em uma das etapas do mecanismo de cada um delas, poderia contorná-las e carimbar o relatório como resolvido. 

Bem acreditei que tinha transformado estes sólidos em massa de modelar e assim seria capaz de mais uma vez  encaixá-las, resultando nesse forjado entendimento que denota mérito nenhum.Um convite não formalizado, na forma de mais um sinal, a abandonar essa lógica baseada em encaixes, que torna impossível e atormentador a possibilidade de encaixar um círculo no espaço de um quadrado. 

E mais esse sinal me faz lembrar de que já fui convidado a deixar essa lógica de lado, mas esta deve ser mais uma situação muito interessante que me permite reincidir no velho erro de negar a possibilidade no momento em que ela me surge, e que tenta me submeter. Errar de novo, me parece mais um mecanismo sutil de não submissão, em que eu aposto estar revivendo uma situação, tornando possível ter controle sobre ela, uma vez que já conhecida. Doce engano. Eu bem achava que ser racional bastaria, mas estou sendo tão, que percebo não bastar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário