segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

À Prudence

Excessivo este foco que te impede de considerar e perceber as lateralidades. Embora haja admiração profunda pelos resultados que entrega, sua força também suscita, ao mesmo tempo, também este sentimento, que se evidencia sobre a influência que termina exercendo sobre os outros. 

Fagocitar os outros, eliminando, ou, com sorte, apenas reduzindo suas habilidades e competências não parece ser intencional, mas o impacto disso se percebe até mesmo sobre momentos em que os outros distoam de como se apresentaram em tempo não tão longínquo assim. 

Poderiam ser considerados como respostas adaptativas, mas estes comportamentos foram apenas respostas  à seleção aplicada. Haveria possibilidade distinta, não fosse pela ausência de força e respeito que apresenta.

São traços arcaicos como esses, cuja própria personalidade impõe como impassíveis de reformulação; toda essa autoridade formal, como se fato houvesse partes diferentes sobre as quais pudessem ser atribuídas identificações de níveis superiores e inferiores, mas não; o manejo dos esforços está sendo canalizado para a obtenção de objetívo específico e não compartilhado.

Ao mesmo tempo em que acerta muito, por ignorar o amanhecer, os ventos suaves e os pássaros cantantes, erra muito, sem a consciência de reverter estes erros em aprendizado. 

A coexistência representa um desafio, que nem mesmo a diplomacia seria capaz de driblar os embates por ele gerados. Em todo caso, considerar a tentativa de ensino sobre os teus métodos, e como vês a vida se mostra como alternativa. Em todo caso, a percepção de que não se consegue olhar a volta não cabe ser ignorada.

O reconhecimento, em toda possibilidade, tem representado o maior desafio.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sem fronteiras

Racionalmente mais sensível a ganhos, e a quaisquer outras oportunidades cujas associações possíveis com os desencadeamentos as enquadrem num grupo que remeta ao agradável.

Lançado a própria sorte, e sem, por vezes, se decepcionar, ou ao menos há crença forte em que as vezes em que não foi possível enquadrar as oportunidades nesse grupo, foram escassas o suficiente para mitigar a agradável sensação que se teve.

Ao mesmo tempo em que é levado por isso e volta a escrever, em mais uma experiência eufórica que precisa transbordar em alguma calha, tal como esta.

Dessa vez resume-se a uma relativa reviravolta - que a parece ser na verdade.

Experimentou uma vez, sem saber ao certo que se tratava e que negou a cada oportunidade que teve, fazendo com que tornasse tarde demais a aceitação. A descrença numa nova experiência como essa, em que sequer houvesse a oportunidade duma nova negação era clara e fácil.

De certo modo, isso era preocupante e muitas vezes se perdia a conjecturar sobre como seria o futuro.

Ao mesmo tempo em que se perdia nas inebriantes conjecturas, se lançava, mas sem abrir mão de inconscientes travas de segurança.

Experimentou de tantas outras, mas que pareceram injeções subcutâneas - Atingiram camadas mais internas, mas rapidamente já não estavam mais lá. A certeza de que havia ocorrido ficava por conta do trauma provocado pela ocorrência.

Mas dessa vez, a experiência agradável o levou ao desejo de viver uma vida sem fronterias, fora do mundo real, onde as barreiras existentes nesse mundo simplesmente não existissem.

Esta é certamente mais uma vez em demonstra sua alta sensibilidade ao que o é agradável e está novamente extasiado. Não crê mais no ciclo, não dessa vez, muito embora se ponha a assistir a própria vivência com deleite.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Doping de perspectiva

Cá estou eu, reconhecendo o início do meu auge e numa vibração internamente incontida por ver a incerteza do futuro me sorrindo como se fosse certeza. Me recuso a crer que tal animo se manifeste em função da idade, como se normal e natural fosse.

Não haveria como ser diferente, a certeza me sorri numa mata fechada, onde eu apenas consigo ver seus olhos brilhantes e seu sorriso de satisfação. A espessura dessa vida entre nós é imensurável, mas la do futuro, ela, de algum jeito, consegue me instigar de tal modo a me deixar confuso. Em meio a esse estado de extase não consigo perceber se a certeza é destes olhos e sorriso serem meus ou se a referência é ao fato de que conseguirei alcançá-los.

Mas este sublime estado de extase é tamanho que me impede de questionar de onde toda essa energia está saindo de mim ou como está chegando até mim. Enquanto assim for, vivo deliciando esse agradável extase.

sábado, 23 de junho de 2012

Mas como gosto de dias ensolarados...

É bem verdade que não são os dias ensolarados que me agradam. Este não seria um ato reflexo ao meu desgosto pelas nuvens.
Sentado num avião e assistindo a travessia pelas nuvens através da janela. Estava chovendo, e após um branco incomodo aos olhos, o céu azul.

O sentimento por elas, simplesmente surge e me toma numa situação dessas. Sentimento não puro em si, mas misturado o suficiente à razão para me fazer pensar sobre tal situação.

Inferior a fronteira, há chuva; acima, um céu azul. Seria possível ver o céu como obviamente se apresenta, mas lá estão as nuvens, que chovem e condicionam, de alguma forma, a vida abaixo dela.
Percebendo isso, a impaciência me consome. Não por não aguentar mais a expectativa sobre os resultados da maneira como ela me condiciona, mas sim, pela impaciência me servir de combustível a pensar sobre como atravessar essas nuvens.

Crer que andar sob um guarda-chuva irá me privar dos efeitos das nuvens, não extingue as nuvens sobre mim, nem faz cessar seu efeito. Com relação a isso, ainda não me predispus a me iludir.

E de fato não se trata sobre nuvens, mas sobre limitações.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Dos sentimentos


As melhores histórias são as lembranças que estão por vir. A expectativa que se cria em torno de algo bom, é a mesma expectativa que terá como resultado situações inesperadas que serão, ao mínimo, dificeis de lidar.  A cada noite, a vontade aumenta, de modo que quantas forem as parcelas de tempo dedicado e gastos em companhia serão insuficentemente capazes de satisfazer e saciar a vontade conjunta.

Aos mesmo tempo que essa verdade preocupa, é ela quem dá origem a toda a graça que a rodeia. Tudo de agradável que se espera, é de tal modo assim que é suficiente para elevar a mente da realidade e levá-la a um nível onde barreiras físicas parecem não existir ou importar. No universo dos sentimentos, já não há os limites da razão; O que se vê nesse mundo, para ela, faria tanto sentido quanto  somar infinito mais um e obter resposta diferente de "infinito".

Mas em todas as tentativa de compreender essa soma, ou pular os muros dessa casa onde não foi permitida sua entrada é que se sente a dor, e todas as outras dificuldades adiáveis pela embriaguez gerada pelos sentimentos.

 Ainda que a razão um dia venha a vencer pelo cansaço, e conseguir não só entrar, como também dominar um espaço que não lhe pertencia inicialmente, vale apreciar as dificuldades que ela enfrenta e rir diante dos seus insucessos, até porque, ainda que desprovida de estratégia, a casa emocional pode refugiar os sentimentos em outra área, fazendo com que a ultima conquista da razão já não possua mais mérito algum.

Os sentimentos jamais se submeterão a razão, sempre haverá um novo lugar para se refugiar e continuarem a existir - basta descobrí-los e são nesses momentos, em que os sentimentos estão buscando outro lugar para se protegerem é que caímos na descrença e nos sentimos um pouco mais próximos do desgradável e limitante mundo real.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Experimentações

Da superposição do pragmastismo sobre o empirismo resulta um gosto inebriante sobre as experimentações, como forma de obtenção de respostas para toda a sede pendular de entendimento que se tem sobre a violenta  sucessão de acontecimentos, em que se observa o desrespeito de um pelo outro, de modo que o seguinte se sobrepõe ao primeiro e dificulta a compreensão de cada uma das partes, e, consequentemente, do todo.

Num primeiro momento, parece absurdo um químico analítico buscar Ouro na embalagem de um biscoito e por não ter encontrado não afirmar que ele não existe ali. Ao invés disso, questiona-se sobre o método utilizado, cogitando a possibilidade da ineficiência do método utilizado para tal detecção, mesmo sabendo, em sã consciência, que não deve encontrá-lo ali. Só podendo afirmar ao final, após ter utilizado o método específico e mais adequado. 
Faz-se possível a compreensão do que se amontoa e do amontoado pela alteração da forma de compreensão, ainda que não se tenham catalogadas as possibilidades, a partir do incomodo provocado pelo peso cumulativo do amontoado.

Possivelmente as experiências não são os acontecimentos e as marcas por elas deixadas, mas o exercício para transformá-los diretamente numa forma de conhecimento prático aplicável, fazendo jus aos pragmatismo arraigado. Tamanho apreço se tem pelas experimentações que, por vezes, recorre a outros acontecimentos, e a resultados, por outros, obtidos, e até mesmo a resultados práticos já aplicados. Aparentemente se perde quando os ignora e os admite como específicos demais, reconhecendo a pouca, ou quase nula efetividade das experiências alheias.

Inerentes às experimentações são os erros e o sucesso. Onde cada erro representa uma potencial frustração, reconhece o convite a uma reformulação e repetição do experimento sob outras condições, o que leva a reconstrução constante de uma estrutura incapaz de saciar a sede de entendimento - que vai mas que volta - por não conseguir atingir o nível onde se encontra o entendimento satisfatório. E por esse ser tão abstrato e estar constantemente em movimento, se distanciando da possibilidade real, mesmo que toda a estrutura de conhecimento prático aplicável e aplicado seja somada, continua-se a realizar experimentações pois o sucesso, que lhe é inerente não está num ponto, mas na reta. O progresso que se tem após a sucessão de erros, este sim, configura a obtenção prática do resultado. Este sim, pode ser o sucesso das experimentações que conduzirão à satisfação - curta o suficiente para dopar e fazer esquecer da possibilidade de alcançar o entendimento -. Ao seu fim, estamos de novo ocupados a trabalhar na reconstrução, enquanto o entendimento vai se afastando. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Engano involuntário da madrugada

De que adianta, honestamente, me interessar por tantos programas científicos na televisão sobre curiosidades, ou assistir palestras de cientistas que atingiram a mais alta láurea da ciência em cima de suas descobertas e desenvolvimentos de novos métodos se nenhum deles se aplica diretamente a solução dos problemas que de fato me fascinam?

Reconheço minha limitação em continuar sendo excessivamente pragmático, e talvez não seja só essa, mas também, por excesso de pragmatismo não me permitir conceber que o fulereno pode estar envolvido de alguma forma com a mente humana e que por via dele seja realizado um estudo sobre a compreensão dela, ou até mesmo como uma proteína verde poderia estar associada a compreensão do que se sonha em resumir a uma reação química, mas só se consegue descrever com as 11 letras de sentimentos.

Sem entender muito bem, reconheço minha admiração pelas ciências humanas, pois mesmo não conseguindo entender como as pesquisas acontecem nessa área, elas são as que possivelmente mais me satisfazem, pela liberdade que conferem ao pensar, em que todo ele tem asas e capazes de alçar voo, diferentemente dessa ciencia de premoldados, baseadas em postulados removidos do nada, que terminam por aproximá-la daquilo que parece ser seu maior rival. Não entendo como posso gostar dos premoldados e não pretendo me esforçar para fazê-lo agora, apenas admiro os objetivos primazes de todas as áreas da ciência.
E antes de todos os questionamentos que me faria, a fim de me levar ao entendimento desejado, estou a me perguntar porque estou escrevendo agora, se sei que terei de acordar daqui há 4h10m para me submeter à prática e aprimoramento da técnica que requerem o descanso mental que estou retardando a cada letra. 

 Foi só um engano involuntário que não queria colecionar junto aos outros perdidos, ou, foi só um lapso que eu não queria perder mesmo.