quinta-feira, 10 de outubro de 2013

À mercê do caminho ao pódio.

  Muitas regras, diversos planos e tantas promessas já ouvi, mas eis que nenhuma delas parece me enquadrar. Sinto me a mercê da própria vida e das consequências às quais me conduzi, e ainda às quais tenho oferecido meu esforço como resistência.
  O desequilíbrio dessa vez me parece mais vazio e profundo, apesar de temporário. Tão o é, de tal forma, que à medida que a força que a resistência emprega se esvai, na razão inversa a esperança de que isto se finde tão logo. E é nesse momento, então, que as regras, planos e promessas tornam-se convenientemente sedutoras.
  Apesar do fator em si já ser bastante razoável, novamente as consequência se ponhem a postos para o meu deleite - novamente, não é sobre o quanto incomoda, mas sobre a tolerância à duração; por quanto tempo resiste ao próprio desafio de mais uma vez testar os próprios limites. E naturalmente, vem o medo da exaustão antes do atingimento do objetivo. 
  Em meio ao próprio esforço para superar o desafio, o esforço para domar as próprias feras alimentadas por esta condição e suas consequências. E ao se misturarem, demandam energia de tal forma que, instaura-se uma sensação de vazio oco e profundo no tórax, como numa execução de atividade física intensa e prolongada. Dessa maneira aquelas funções não vitais ao processo, são postas de lado, a fim de salvar energia e assim fazer com que a chegada ao pódio faça-se inevitável.


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