Esta poderia ser uma volta da qual eu me orgulhasse. Aquela em que eu resgataria a prática de uma habilidade, mas não; voltei reconhecendo o fim terapêutico do simples ato de escrever aqui que negligenciei nas produções anteriores e talvez tenha reconhecido somente na anterior a esta.
Me deixei abalar por uma desconfiança externa, de outrem, que sem perceber envenenou minha noite e me deu este dia cinza, sem muitas emoções de cores agradáveis aos olhos; somente essa vigorosa angústia cinza.
Veneno, como qualquer cápsula ou comprimido que tomamos para combater um sintoma de uma doença, foi ingerido e só algum tempo depois foi mostrar seu efeito, que eu tenho sentido até agora.
Efeito único?! Uma cadeia de efeitos; desde o não cumprimento de obrigações singulares até o agravamento de situações ruins e estabelecimento de perspectivas otimistas que beiravam o caos.
Desse veneno, pareço ter feito uso com água e potencializado seu efeito. De modo que meus devaneios receberam não só pernas mas também asas e me atacaram. Impotente, já não via mais algum jeito de extrair graça da minha desconfortável situação; ver o óbvio a um ângulo de 27° já não o tornava tão diferente, nada que merecesse destaque ou parecesse interessante de ser descrito - não dava pra pintar o óbvio com poesia.
E apenas comprovando o efeito terapêutico desses textos que eu escrevo, encerro-o aqui, por minha vontade de segurar o "backspace" ser maior do que a capacidade de atirar em letras com as pontas dos dedos.
haha, muito bom, bicho...
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